A Internet é um meio de comunicação democrático e local de livre expressão. Supera o distanciamento tanto geográfico quanto o econômico , cultural, ideológico e tecnológico para quem a usa. Distanciamento esse, ainda limitado pela falta de poder econômico de muitos (ficando esses à mercê das lan houses, escolas ou amigos. Cultural e tecnológico, haja vista ainda impera a falta de letramento digital para grande parte da sociedade que evita o uso do computador por receio de não saber operar o computador e quando usa-o ainda o faz de forma muito limitada.
No campo da educação a Internet oferece uma gama de possibilidades. Na educação presencial, podemos contar com a pesquisa, bem mais abrangente e atualizada com vários recursos já preparados como os textos, imagens, músicas, vídeos, slides, webquest, podcast, e blogs, para nos auxiliar na complementação ou implementação de nossas aulas. Na intercomunicação síncrona ou assíncrona, como bate-papo, grupos de discussão e fóruns. Há, igualmente, ferramentas que nos permitem além de usufruir dos downloads, também fazer uploads, estimulando o poder criativo e o compartilhamento de informações, idéias, dúvidas, criatividades, culturas, etc.
Na educação à distância há cursos e formação para todos os gostos e necessidades. A grande maioria, de ótima qualidade.
De tão democrático, nesse espaço nem tudo são flores para educadores e educandos. Ao entrarmos na rede existe a grande possibilidade de desvio do objetivo principal por conta dos inúmeros atrativos e links a que somos direcionados. “As redes atraem os estudantes. Eles gostam de navegar, de descobrir endereços novos, de divulgar suas descobertas, de comunicar-se com outros colegas. Mas também podem perder-se entre tantas conexões possíveis, tendo dificuldade em escolher o que é significativo, em fazer relações, em questionar afirmações problemáticas”. Moran – Como utilizar a Internet na educação –(www.scielo.br/scielo.php). No mesmo texto diz Moran: “É importante que o professor fique atento ao ritmo de cada aluno, às suas formas pessoais de navegação. O Professor não impõe; acompanha, sugere, incentiva, questiona, aprende junto com o aluno.”
É de vital importância que ao se dirigirem ao laboratório de informática os alunos estejam bem orientados, cientes do que vão fazer e como irão conseguir. O acompanhamento do professor é fundamental para evitar a dispersão na pesquisa ou busca. Nem sempre indicar logo os sites como fonte de pesquisa é a melhor tática, pois limita bastante as possibilidades de abrangência do conteúdo pesquisado. Além do que as modificações das páginas de informação às vezes são muito rápidas. O que vale mesmo é saber delimitar o tema a pesquisar e escolher pelo enunciado, pois este sempre nos traz dicas se aquele conteúdo é o que mais se adéqua à necessidade de quem está pesquisando. Anotar o endereço dos melhores sites por onde passou e dos quais retirou ou assimilou conteúdos ou ainda, viu que o conteúdo é condizente com o tema em estudo, vai ajudar a se situar nos próximos passos desse estudo. Fazer feedback com os alunos no retorno à sala de aula é muito importante para assegurar o êxito daquela e das posteriores aulas de laboratório.
No Ensino Básico, mais do que em outras modalidades de ensino, é obrigação do professor conhecer por onde passou a pesquisa de seus alunos para orientá-los sobre a veracidade e coerência da informação. Há na Internet ferramentas de informação que não há como evitar enganos ou imprecisões, visto que são ferramentas escritas e editadas pelos internautas e nem sempre o moderador domina todos os assuntos.
Uma ferramenta de publicação para publicar as criações dos alunos é um grande caminho para os mesmos desenvolverem o gosto pela pesquisa, leitura, escrita e conhecimento de mídias, bem como o cuidado com as formas de expressão e comunicação e o zelo pela correção da escrita. Por fim, é necessária a consciência de todos sobre a questão de autorias tanto pelo lado ético e do direito autoral quanto pela questão da veracidade da informação.