quarta-feira, 27 de maio de 2009

Conhecendo uma experiência no Portal do Professor

Análise
Observei um programa a ser desenvolvido em 06 aulas da disciplina de Língua Portuguesa sobre exploração e produção de texto dissertativo/argumentativo de autoria da Professora Rita de Cássia Delconte Ferreira e co-autoria de Eziquiel Menta, com o objetivo de explorar a leitura, interpretação e produção de texto a partir do poema de Manuel Bandeira - Bicho homem.
As aulas são destinadas a alunos do Ensino Médio e exigem como Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno habilidades básicas de leitura e capacidade de redigir. A data de publicação é 20/10/2008.

Além da leitura individual e silenciosa do poema pelos alunos é sugerida a leitura em voz alta pelo professor, sem abertura para comentários e discussão. A seguir apresenta o vídeo ILHA DAS FLORES (13 minutos), disponível em www.Portacurtas .com. br/pop_ 160.asp.
“Ao término do vídeo, o professor deve promover um debate em sala de aula, provocando os alunos a participarem:
- Existe relação entre o tema do poema O BICHO com o vídeo ILHA DAS FLORES?
- Qual o tema abordado nas duas produções?
- As produções apresentam tanto na poesia como no documentário, um lado perverso da realidade humana. Quais aspectos nas obras indicam seu caráter crítico?
- O que despertou seu interesse foi a leitura individual do poema ou ouvi-lo declamado por outra pessoa?
- Existe contribuição da exibição do vídeo ILHA DAS FLORES para a compreensão do tema abordado pelo poema O BICHO? Qual?”(Delconte e Nenta, 2008)

Não está explícito, mas se pressupõe que o poema está em mídia escrita. (cópia para todos). O vídeo pode ser assistido direto da internet, ou no CD - player.

Na atividade seguinte, Os alunos devem construir uma lista de palavras que acreditam que faça relação ao tema pobreza indicado no poema e no vídeo, trocar o texto com os colegas para atribuírem significado às palavras escolhidas. Ao receber sua lista de volta, concordar com o significado atribuído pelo colega ou ir ao dicionário para tirar dúvidas e fazer a correções.

A atividade 4 da aula sugerida eu trocaria pela elaboração de um esquema para uma redação sobre as relações existentes entre o poema “O Bicho” e o vídeo “ Ilha das Flores”, que serviria para os alunos como uma releitura do poema e do vídeo e para avaliar minha estratégia, conteúdo trabalhado... Manteria a dinâmica de elaboração coletiva em círculo.

No laboratório de informática os alunos poderiam pesquisar sobre a escrita da redação, observando as características essenciais de uma boa redação e conferir se essas características estão contempladas na sua redação, destacando o que lhe falta e o que há de desnecessário na mesma.

As sugestões de sites são muito boas. http://www.portrasdasletras.com.br e http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=14581
Finalmente, como se trata de produção de texto, eu especificaria um gênero discursivo para os alunos produzirem uma poesia.

Não tenho nenhuma pretensão de depreciar a aula analisada. São idéias e escolhas excelentes. As adaptações que farei no uso da mesma são apenas para atender à minha realidade.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/showLesson.action?lessonId=561 acessado em 05 de maio de 2009. Maria Dalvany Alves de Lima

Construindo possibilidades pedagógicas com o uso das tecnologias.


A web foi criada em 1991 pelo cientista inglês Tim Berners-Lee. A web 1.0 foi a primeira geração de internet comercial, considerada “a grande biblioteca digital”. Com conteúdo pouco interativo, o usuário era quase somente um expectador que se maravilhava com a quantidade de informações disponíveis e o visual mais sofisticado de alguns sites, sem poder para alterar o que quer que fosse. A navegação pela web 1.0 possibilitava ao usuário comum quase somente a leitura e contemplação Vem desse cenário o Cadê, o Altavista, o Yahoo, o UOL, e o hotmail. O Geocities criado em 1994 foi o pioneiro em oferecer um serviço de hospedagem gratuita em que os usuários poderiam montar seus sites usando comandos de HTML ou publicar arquivos criados no desktop por meio de uma interface de gerenciamento. Comprado pelo Yahoo em 1999, se mantém até o momento, porém com aviso de encerramento de suas atividades para esse ano de 2009. A VilaBOL, serviço de hospedagem grátis do Brasil Online (BOL), vem também da década de 1990 oferecendo editores de páginas, gerenciador de arquivos, busca e diretório de sites, além de complementos como contador e livro de visitas. Bem gerenciada, vem se mantendo ao longo dos anos.

A segunda geração delineou-se a partir de 2004, apontada como web 2.0, trazendo inovações e possibilidades de interação, a web 2.0 é uma grande plataforma com muitas ferramentas a serviço da inteligência coletiva e do compartilhamento, tornando-se mais criativa e mais participativa. A criação da Wikipédia, o aperfeiçoamento de pesquisas e buscas em geral através do Google, os recursos interativos a comunicação síncrona e assíncrona de fácil navegação e operacionalização, totalmente voltada para a construção coletiva e compartilhada do conhecimento. Mais participativa, mais democrática, mais popularizada, A grande rede ganha a cada ano novos softwares e espaços como o YouTube, o Delicius, o Fliker, o Google Maps, o Moodle o Wikispaces, o Slideshare, o Facebook, O WordPress e o Google Earth versão 5.0, bem como uma infinidade de outras ferramentas utilitárias do Google.

Essa geração criada em frente à televisão tem uma atitude muito passiva na internet. Diante de uma tela virtual suas convicções se voltam para o entretenimento. È uma questão cultural. Para se agregar práticas pedagógicas com o uso, principalmente, da internet é preciso está bem preparado para segurar os alunos na atividade pretendida. Os mesmos ficam clicando aleatoriamente, ou buscam jogos, vídeos e outros atrativos, igualmente fazem com um controle remoto diante da TV. Zapeiam mais do que assistem. O que controla essa curiosidade mórbida? Um assunto empolgante, uma metodologia dinâmica uma boa conversa antes de sentarem-se diante do computador uma aula bem planejada e um professor mediador que saiba empolgar a turma para a atividade proposta.

Como estou professora colaboradora no laboratório de informática estou trabalhando informática educativa com 80 alunos no contra turno um projeto de 40 horas/aula em forma de oficinas, onde cada atividade é contextualizada com o currículo e com o aprendizado das noções básicas para o uso do computador, da internet e suas ferramentas voltadas para a produção e aquisição do conhecimento. Isso é para mim um laboratório onde e quando posso testar as orientações que venho dando aos demais professores. Nem tudo são flores, mais venho conseguindo um bom desempenho e envolvimento dos alunos.

A virtualização no ambiente escolar

Ubiquidade - Faculdade de estar presente em diversos lugares no mesmo instante. Na informática significa estar conectado à rede e assim se fazer presente ao mesmo tempo para todos os que podem lhe perceber através das redes de relacionamento, assim como poder perceber e se comunicar com outras pessoas em lugares diferentes em tempo real. Poder navegar por espaços diversos, desde o espaço virtual de uma Universidade e blogs educacionais a blogs impregnados de inutilidade.

Julieta Leite fala do resultado da conjunção da informação e da comunicação digital ao espaço urbano, como um espaço de ubiquidade. Para onde convergem presença real e presença virtual. Onde ubiqüidade designa a capacidade de diversos sistemas em partilhar uma mesma informação.
Essa ubiquidade traz para a escola uma responsabilidade bem maior com a formação ética de seus educandos, para o respeito devido ao lidar com produções de outros autores e a responsabilidade ao postar na internet, sempre identificando a autoria e prezando a estética e o bom senso.

A convergência de mídias faz do mundo uma pequena aldeia na qual todos podem sair ganhando, se cada indivíduo se sentir parte do todo e agir com responsabilidade social.
Para acompanhar a evolução tecnológica as escolas estão se equipando com as TIC e ao mesmo tempo preocupadas com os recursos humanos – os professores que não encontram tempo para capacitarem-se com novas competências e habilidades para que possam mediar o valor dos meios de informação e transformá-los em recursos e suporte que facilite o processo de ensino aprendizagem dentro das novas tecnologias.

As rápidas transformações tecnológicas colocam ritmos e dimensões novas em todos os setores da escola. É preciso competência para saber aproveitar o recurso que o aluno traz para a escola e inseri-lo entre os recursos que esta dispõe. Só assim poderemos formar redes e gerar colaboração a partir das potencialidades da convergência tecnológica. Ou nos preparamos para essa versatilidade ou perecemos na mediocridade.
REFERENCIAL TEÓRICO:
Julieta Leite - A ubiqüidade da informação digital no espaço urbano In: LOGOS 29 Tecnologias e Socialidades. Ano 16, 2º semestre 2008.
http://www.logos.uerj.br/PDFS/29/10JULIETA_LEITE.pdf . Acessado em 20/05/09

Conteúdo do Módulo Convergências de Mídias.

Aprendendo com a mobilidade

Na EEFM Gov. Manoel de Castro Filho fizemos uma mobilização de encorajamento para aqueles alunos que não se sentiam à vontade para sentar-se diante do computador e interagir com a máquina. Oferecemos umas oficinas e foram inscritos 80 alunos para no contra turno frequentarem o laboratório de informática em turma e horário especificados para participarem de oficinas de informática educativa. A programação 40 horas de atividades com o uso do computador e no final os alunos recebem um certificado de participação. Esse certificado serve como estímulo para a iniciativa de freqüentar e manter a assiduidade. Todas as atividades são contextualizadas e o resultado é muito gratificante pois estou podendo por em prática o que venho orientando aos professores a fazerem em suas disciplinas e avaliando a eficácia da atividade.
Na experimentação com ferramentas de comunicação instantânea, desenvolvemos uma atividade no bate papo do gmail e o resultado foi muito bom. Primeiro foi explicado para os alunos que chamamos aquelas aulas de oficina por causa do modo como é realizado o processo de ensino-aprendizagem na informática educativa. “O aprender a fazer fazendo”, em amplo sentido. Você usa o computador para desenvolver uma atividade e ao mesmo tempo aprende como usar o computador para desenvolvê-la.
Entramos no bate papo com a seguinte pergunta para todos: Qual é a diferença de se aprender “informática básica” com essa metodologia da informática educativa e os cursos básicos existentes por ai? Daí em diante foi só acompanhar o debate sempre botando pilha para encaminhar o assunto e o resto os alunos fizeram. Perguntamos ainda: vocês já tinham percebido essa sutileza nas aulas dos outros professores? E agora percebem a relação entre aprendizado do conteúdo disciplinar e da informática ao mesmo tempo?
No final todos salvaram o debate e foram interpretar o mesmo, tentando entender as abreviações, as perguntas, respostas e comentários e formar um pequeno texto sobre a experiência em si e sobre a produção no contexto do bate papo. Enviaram seus textos para meu e-mail e eu dei o feedback para todos.

Autor e autoria


Com o advento da web 2.0 cresce a necessidade de constantes discussões em sala de aula sobre autoria e direitos autorais. Discutir a Lei 9.610/98 e como funciona o Creative Commons é fundamental para preparar nossos alunos para o processo consciente do compartilhamento principalmente na internet. A própria pesquisa do aluno deve ser orientada para a citação do autor e local de acesso do conteúdo copiado integral ou parcialmente. A questão do local de acesso do conteúdo é fundamental, pois se for um artigo não autorizado para cópias parciais e ou integrais e estiver exposta por outra pessoa, sobre a classificação de autor desconhecido, não seremos nós que ao copiá-la como tal, estaremos faltando com a ética ou correndo riscos de incriminação indevida. Também se o autor da publicação encontrar a nossa postagem com seu conteúdo adulterado ou sem citação da autoria terá como checar o local onde o acessamos. Não creio que o direito de propriedade iniba a criatividade. Ao contrário, instiga à releitura da obra, à analise mais apurada de um texto ou obra para criarmos novos textos sobre o assunto.

Para se ter direito à informação e à educação não é necessário violar os direitos autorais. Precisa sim, é que a ética e o bom senso prevaleçam em todas as nossas atitudes ao usar algo que intelectualmente pertence a outros. As facilidades que as mídias digitais proporcionam hoje, só estimulam a criação e consequentemente a autoria. Infelizmente, a maioria dos alunos ainda é muito consumista (passivos) em se tratando de entretenimento, pesquisa e navegação na internet em geral. A sede, de ver e ouvir ainda é maior do que a vontade de produzir, reinventar... Além da influência da educação bancária há a cultura arraigada de assistir televisão, assistir, assistir, assistir e até mesmo da web 1.0

Blogueiros da educação

No portal do professor visitei o blog http://webparaeducadores.blogspot.com, que indica 10 twitters
Para educadores, entre os mesmos está o guia do estudante. Fiquei feliz por vê o Guia do Estudante ali. Tem inclusive um vídeo em série “Arthur o Estagiário” que de forma bem humorada retrata a angústia de quem busca o primeiro emprego. Vou indicá-lo para os alunos que gostam de vídeos.

Clicando no Escola web 2.0 me cadastrei no blog da Márcia http://marciacs.ning.com e apreciei um slide de sua autoria “Uma viajem na web 2.0!(está escrito assim mesmo) “Como nós professores encaramos o avanço da web 2.0” Achei fantástico. Além de mostrar os ambientes da web 2.0, destaca informações muito boas e faz uma analogia com as palavras construindo, consumindo, utilizador, foco no usuário, Etc.

Depois assisti ao vídeo “O modelo ACTIONS de Tony Bates” que contém a seguinte resenha: Um vídeo que expõe o famoso modelo ACTIONS, proposto por Tony Bates, para escolha de tecnologias em contextos educacionais. Bates é um dos nomes mais respeitados no mundo quando o assunto é tecnologia educacional.”

O vídeo expõe que o princípio fundamental do Modelo ACTIONS é:
Nenhuma tecnologia a princípio é boa ou má para a aprendizagem. Ela é somente um caminho para ajudar professores ou administradores a resolver seus problemas.
Na área educacional, o destaque está para a escolha da mídia ou recurso e metodologia adequada, a facilidade de interatividade pela ferramenta aplicada, recursos humanos, tecnologias digitais e idéias inovadoras.

O ambiente indicado para essa atividade (Interação e Comunicação ) é tão rico que igualmente aos alunos fiquei clicando horas a fio.

Para o pessoal da Física vai uma dica de mais um laboratório virtual