sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

PAR SARA RAQUEL E LIA E TODAS AS CRIANÇAS COMO VOCÊS

"Eu queria uma escola: Que cultivasse a curiosidade e a alegria de aprender que em vocês é natural! ... Que lhes ensinasse tudo sobre a natureza, o ar, a matéria, as plantas, os animais, seu próprio corpo, Deus. Mas, que ensinasse primeiro pela observação, pela descoberta e experimentação. ... Que também desenvolvesse a sensibilidade, que vocês já têm, para apreciar o que é bonito e eterno. Que desenvolvesse os seus meios de auto-expressão, a sua criatividade tão vital! Que lhes desse múltiplos meios de vocês expressarem cada sentimento, cada drama, cada emoção. Que vocês aprendessem a transformar e a criar! Que vocês aprendessem a respeitar a madeira, a cortiça, o papel, a tinta o pincel, o tecido, a caixa, o objeto imprestável. Que vocês não vissem o mundo como descartável. Mas que tudo fosse matéria prima em cada mão, para exercer esse dom divino da RECRIAÇÃO. Eu queria uma escola que ensinasse vocês a conviver, a cooperar, a respeitar, a esperar, a saber viver em comunidade, em união. ..." Maria Teresa Del Pietro Panciera
Isso são fragmentos de um texto de quase três laudas amplamente divulgado nos anos 80, que para mim continua atualíssimo em seu apelo por mudanças no sistema educacional. Mudanças no currículo escolar, na metodologia, na estrutura interna da escola e, sobretudo, da postura do educador. Imagino sempre como seria um texto escrito hoje por Sara, Raquel ou Lia, identificando o tipo de escola que desejam para seus filhos. Acho que desejariam tudo que sua mãe desejou e acrescentariam com outras palavras, que querem uma escola que saiba usar amplamente, de forma inclusiva, crítica e criativa, os recursos tecnológicos que a escola dispõe.